Diabetes tipo 2

• A Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é um dos desafios de saúde que mais crescem no século XXI, tendo o número de adultos acometidos pela doença mais do que triplicado nos últimos 20 anos. 

• 1 em cada 2 adultos com diabetes não é diagnosticado 😱

• 35 a 50% dos casos de DM2 são assintomáticos (sem sintomas) ou oligossintomáticos (poucos sintomas)

  • isso leva a um diagnóstico tardio - atraso estimado de pelo menos 4 a 7 anos. 

  • Assim, muitos já apresentam complicações micro e macrovasculares ao diagnóstico

  • que implicam redução da expectativa de vida e elevada mortalidade ☠️

• os sintomas são frustros e inespecíficos: fadiga, tontura, dificuldade visual, astenia, candidíase de repetição, disfunção erétil, excesso de peso

• Sintomas de diabetes descompensado: urinar muito, sede excessiva, fome excessiva, perda de peso

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

O diagnóstico é realizado através de exames laboratoriais!

• 2 exames diferentes com resultados anormais na mesma amostra de sangue ou o mesmo exame alterado em 2 amostras diferentes

  • Glicemia de Jejum > 126

  • Teste oral de tolerância a glicose com 75g de dextro em 2h ≥ 200

  • Hemoglobina Glicada ≥ 6.5%

• Glicemia plasmática ao acaso ≥ 200 + sintomas de descompensação

 Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

Não é correto usarmos o termo “CURA”, pois sugere que nenhum acompanhamento clínico ou manejo adicional será necessário para uma recorrência da hiperglicemia ou para riscos adicionais associados às anormalidades fisiológicas subjacentes. 

✅ É melhor nos referirmos a “REMISSÃO”, pois significa que o diabetes pode nem sempre ser ativo e progressivo, mas implica que uma melhora notável pode não ser permanente. Assim, o indivíduo necessitará de apoio contínuo para evitar recaídas e monitoramento regular para permitir a intervenção caso a hiperglicemia se repita.

🔸DEFINIÇÃO:

Hemoglobina glicada (HbA1c) < 6,5% por pelo menos 3 meses sem medicação para DM2

🔸COMO ALCANÇÁ-LA?

Mudanças de estilo de vida, outras intervenções médicas ou cirúrgicas ou, como é frequentemente o caso, uma combinação dessas abordagens. 

🔸INDICADORES DE REMISSÃO

• Idade mais jovem

• Doença em estágio inicial

• Menor número de medicamentos para diabetes

• Maior perda de peso 

🔸IMPORTANTE

Mesmo após uma remissão, as complicações clássicas do diabetes — incluindo retinopatia, nefropatia, neuropatia e risco aumentado de doença cardiovascular — ainda podem ocorrer.

Deve-se manter a triagem regular da retina, testes de função renal, avaliação do pé e medição da pressão arterial e peso, e monitoramento contínuo da HbA1c. 

‼️ O maior desafio é a manutenção da perda de peso e a mudança no estilo de vida.

 Fonte: https://doi.org/10.1007/s00125-021-05542-z